Em tempos de resgate da equidade salarial por força da lei, decreto e portaria da “igualdade salarial entre homens e mulheres”, vive-se o momento da história em que a sociedade volta sua atenção para o salário emocional.
A novidade diz respeito ao desenvolvimento das relações entre os participantes de pactos de trabalho a partir de égide que equilibra a vida pessoal e profissional, oportunizando um ambiente saudável de trabalho.
Uma bilateralidade complexa, interligando não apenas os incentivos comumente previstos em lei, mas o fomento de valores morais atrelados à empresa — é contraprestação que alinha metas de pertencimento e incentiva o desenvolvimento de carreiras, além de gerar perspectivas de continuidade.
Parece que a volatilidade da pós-modernidade tende a alterar o antigo bordão “trabalhou, recebeu“, exigindo uma releitura por algo semelhante a: “trabalhou, recebeu. Ressignificou e reconstruiu. Repensou”, posto que pertencimento e valor social do trabalho é assunto muito mais profundo do que valores pecuniários.
O fato é que, ainda que pudesse ser questionado o vetusto significado do salário, este, assim como o mundo do trabalhado e as relações nele jungidas, renovam-se constantemente, realidade que ainda desafiará (e muito) todos aqueles que pertencem a este quadro.
Há muito o labor não se preocupa apenas com o que no passado movimentou episódios significativos de seu desenvolvimento. Isto porque, em breve síntese recordatória, torna-se fácil apontar que muitas das lembranças que remontam aos primórdios movimentos naturais civilizados trabalhistas — pois aqui não se pretende enfrentar questões anteriores a patamares mínimos — era a dita contraprestação pecuniária após a lida, tradução do que até hoje se entende por salário.